PF unifica investigação de inquérito contra Bolsonaristas

A Polícia Federal iniciou o processo para integrar as investigações dos inquéritos sobre os atos antidemocráticos e as Fake News, que visam apurar irregularidades envolvendo aliados do presidente Jair Bolsonaro.

A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, encarregada da investigação dos atos antidemocráticos, solicitou ao relator de ambos os inquéritos no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, o compartilhamento de dados do inquérito das Fake News, especificamente do anexo 70, cujo conteúdo, revelado anteriormente pela CNN em junho, concentra as investigações com autoridades detentoras de foro privilegiado. Em 7 de outubro, o ministro atendeu ao pedido, conforme documento obtido pela CNN.

Em um segundo movimento, por meio de um ofício datado de 13 de outubro, enviado ao presidente da CPI das Fake News, senador Angelo Coronel, a delegada solicitou dados coletados durante os trabalhos da comissão. No documento, ela requisitou informações relacionadas a diferentes aspectos, incluindo imputação de crimes contra autoridades, tentativas de impedir o livre exercício dos poderes da União ou dos Estados, incitação à animosidade das Forças Armadas contra qualquer poder, entre outros.

Para consolidar a unificação das investigações, é necessário que o relator Alexandre de Moraes formalize essa decisão. Segundo fontes, essa tendência é provável por diversos motivos. Em primeiro lugar, o objeto da investigação e os investigados são semelhantes. Em segundo lugar, a formalização da participação da PF no inquérito das Fake News é considerada importante, dado que essa investigação foi aberta de ofício pela corte. Em terceiro lugar, a unificação ajuda a evitar questionamentos legais sobre o inquérito das Fake News. Por último, conta com o respaldo da Procuradoria-Geral da República, que solicitou a abertura da investigação sobre os atos, ao mesmo tempo em que considera o inquérito das Fake News ilegal e se encaminha para o seu arquivamento.